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Desbridamento de feridas

Desbridamento ou debridamento de feridas

Desbridamento ou debridamento de feridas

O desbridamento ou debridamento  é uma técnica para remoção de tecidos desvitalizados/necróticos (leia aqui sobre lesão celular), pois este tecido prejudica a cicatrização da ferida. Realizar a classificação das feridas é um importante passo para a avaliação e posterior conduta do profissional. Segundo a Associação Brasileira de Estomaterapia (2016-2017), em seu Guia de boas práticas de preparo do leito da lesão, o profissional deve avaliar os seguintes itens antes de realizar um desbridamento:

  • tipo da necrose e possível extensão;
  • condições de saúde do paciente como existência de doenças de base, perfusão sanguínea, dor, entre outros fatores

O desbridamento também é importante para o controle de infecção, sendo necessário o uso de associação de coberturas e métodos para um melhor resultado.

O que é esfacelos na ferida

Quando falamos em desbridamento de ferida, temos que conhecer outro conceito que merece destaque na avaliação e citado no guia da SOBEST , que é a presença de esfacelos no leito da ferida: tecido não viável, composto de microrganismos, elastina, fibrina, colágeno e leucócitos e de consistência macia e coloração amarelada.

 

Tipos de desbridamento de feridas

Neste resumo, destacamos os principais desbridamento utilizados no manejo das feridas: desbridamento enzimático, desbridamento autolítico, desbridamento mecânico, desbridamento instrumental, desbridamento de slice, desbridamento de cover, desbridamento de square, desbridamento biológico e cirúrgico:

1. Desbridamento enzimático

Uso de enzimas para promover o desprendimento do tecido necrótico. Exemplos: papaína (ação bactericida), colagenase (quebra fibras de colágeno presas no tecido necrótico) e fibrinolisina (quebra a fibrina).

2. Desbridamento autolítico

Possibilita meios para que o próprio corpo quebre o tecido inviável e viabilize o leito da ferida. Exemplos: hidrocoloide, hidogel

3. Desbridamento mecânico

Remoção de tecido de modo traumático e não seletivo.

4. Desbridamento instrumental

Este tipo de desbridamento requer o uso de um bisturi e uma técnica apropriada. Destacamos as técnicas de desbridamento de slice, de cover e de square.

O que é o Desbridamento de slice

Utilizada em casos de necrose de coagulação ou liquefação.

O que é o Desbridamento de cover

Este desbridamento tem como objetivo descolar/desprender as bordas da ferida necrótica

O que é Desbridamento de square

Técnica que exige o corte de pequenos quadrados da lesão necrótica para que depois ele seja removido.

5. Desbridamento cirúrgico

Manipulação de tecidos em condições controladas em centro cirúrgico.

6. Desbridamento biológico

Aplicação de larvas para remoção de tecidos desvitalizados.

 

Desbridamento e COFEN

Segundo o anexo da Resolução do COFEN nº 567 de 2018, há a definição da atuação dos profissionais Enfermeiro, Técnico de Enfermagem e Auxiliar de Enfermagem no tratamento de feridas.

Nesta regulamentação da atuação do enfermeiro no cuidado aos pacientes com feridas, temos o seguinte item como atividade deste profissional: “executar o desbridamento autolítico, instrumental, mecânico e enzimático). Leia mais sobre esta resolução aqui.

 

Resumo sobre feridas e desbridamento

Para saber mais sobre a temática de curativos e desbridamento de feridas, acesse nosso E-book Feridas e curativos: resumo sistematizado, disponibilizado gratuitamente para download no nosso portal. Acesse aqui para saber mais.

Referências: Resolução do COFEN Nº 567/2018 e SOBEST – Sociedade Brasileira de Estomaterapia.

 

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