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Vigilância em Saúde: Sarampo

Vigilância em saúde: sarampo

Características do sarampo

O sarampo pertence ao gênero Morbilivírus da família Paramyxorividae e é uma doença altamente transmissível, que foi uma grande causa de morbidade e mortalidade por todo o mundo, principalmente na infância, e ainda permanece sendo um problema de saúde pública em muitos países. No ano de 2019, o Brasil perdeu o certificado de eliminação do sarampo.

O período de incubação do sarampo é de 7 a 21 dias, com média de 10 dias. A transmissão do vírus ocorre por secreções nasofaríngeas de 4 a 6 dias antes até 4 dias depois do exantema. O vírus permanece ativo no ar por até 2 horas num raio de aproximadamente 2-4 metros.

A suscetibilidade é geral nos indivíduos não imunizados pela vacina ou pela doença. Lactentes cujas mães tiveram sarampo ou foram vacinadas têm imunidade até cerca de 9 meses.

 

Sinais e sintomas do sarampo

Os principais sintomas do sarampo inclui febre alta, tosse seca, coriza e conjuntivite. O sinal de Koplik (manchas no interior da boca, geralmente na região dos dentes molares) aparece no 2º ou 3º dia de febre, precedendo a erupção. O exantema é maculopapular, vermelho vivo, formas irregulares, mostra distribuição cefalocaudal em 3 a 4 dias.

Os exames laboratoriais coletados nos pacientes com suspeita de sarampo inclui o de sangue (sorologia IgG e IgM), urina e secreção da nasofaringe e orofaringe

Notificação compulsória sarampo

Casos suspeitos e ou confirmados de sarampo devem ser comunicados imediatamente às autoridades de saúde nas diferentes esferas de governo/SUS. Na ficha de investigação das doenças exantemáticas febris temos a seguinte definição:

CASO SUSPEITO DE SARAMPO: Todo paciente que apresentar febre e exantema maculopapular, acompanhados de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite, independente da idade e da situação vacinal.

Partindo da notificação, a investigação epidemiológica inicia-se para que haja uma resposta rápida e impeça a circulação do vírus, minimizando possíveis surtos.

Muitas vezes é necessário realizar o Bloqueio vacinal, ou seja, é uma vacinação intensificada, aplicável como medida de controle, tendo como finalidade interromper a transmissão de uma doença em um determinado período de tempo. O bloqueio vacinal do sarampo inclui realizar a vacinação nas primeiras 48h e no máximo 72h do início do exantema, a fim de interromper a cadeia de transmissão e, consequentemente, eliminar os suscetíveis no menor tempo possível.

Fonte: Guia de Vigilância em Saúde.

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