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Conceitos básicos sobre o Planejamento em saúde

Planejamento em saúde

Tipos de Planejamento em saúde

No processo de trabalho, o conceito de planejamento em saúde é essencial para que o profissional desempenhe suas atividades gerenciais de forma eficiente e eficaz, com reflexos positivos na qualidade da assistência prestada aos usuários. Assim, entende-se planejamento como a programação de estratégias e ações na ótica de alcançar e efetivar metas pré determinadas.

Diferença entre planejamento estratégico, tático e operacional

O planejamento pode ainda ser contextualizado de acordo com sua abrangência, sendo ele de:

  1. nível estratégico (planos de longo alcance estabelecidos ao nível mais global; possuem flexibilidade e não é bem detalhado),
  2. nível tático (média abrangência, foca em como deve ser feito as ações)
  3.  nível operacional (planos de curto alcance, tratam de ações pontuais da instituição; determina quem vai fazer o quê, quando e onde com uma sequência cronológica de tarefas específicas).

É importante ressaltar que esta metodologia de planejamento em saúde oferece suporte para as tomadas de decisões ou implementação de quaisquer propostas que desejamos viabilizar. É através dele que se pode fazer a análise das cadeias de causa e efeito como um todo os quais se desenvolvem no processo de decisão. O processo de avaliação e controle do que foi planejado também se torna essencial, para a melhoria do desempenho.

 

Conceitos importantes no Planejamento em Saúde e Gerenciamento em Enfermagem

Na área administrativa e gerencial, há alguns conceitos os quais o profissional de enfermagem deve se apropriar para uma melhor performance nesta área, a citar:

 

Recursos materiais na saúde

As principais operações envolvem: previsão, aquisição, transporte, recebimento, armazenamento, conservação, distribuição e controle. A Enfermagem é responsável pela previsão, provisão, organização e controle dos materiais no seu ambiente de trabalho, atentando quanto á qualidade e quantidade dos mesmos. É importante participar do processo de seleção e compra e classificar na sua unidade materiais quanto à finalidade, duração (permanentes, consumo), porte, matéria prima, entre outros.

Diferença entre previsão e provisão de materiais

Sendo assim, entende-se como:

1) Previsão de materiais: levantamento das necessidades da unidade, identificando quantidade e especificidade; é necessário fazer diagnóstico situacional prévio. Estima-se considerar em torno de 20% do total da cota para margem de segurança.

2) Provisão: consiste na reposição dos materiais necessários para realização das atividades cotidianas da unidade.

 

Estrutura organizacional

O enfermeiro com foco no gerenciamento dos serviços de saúde deve conhecer a estrutura organizacional de uma instituição, observando os seguintes pontos característicos:

1) Divisão do trabalho/especialização: pode ocorrer no sentido horizontal ou vertical. Horizontal: maior número de órgãos no mesmo nível hierárquico. Departamentalização: processo de reunir as atividades para fins administrativas; Vertical: necessidade de aumentar a qualidade da supervisão, crescimento da cadeia de comando. É representada pela hierarquia. Quanto maior a diferenciação, maior a departamentalização.

2) Hierarquia: relacionada com a especialização vertical que divide a organização em camadas ou níveis de autoridade.

3) Autoridade e responsabilidade: fluem verticalmente em linha reta. Pode ser representada por uma pirâmide.

4) Amplitude da supervisão: nº de subordinados que uma pessoa pode supervisionar com eficiência.

5) Centralização: uniformidade nas decisões. Desvantagem: sobrecarrega uma única pessoa/setor com possibilidade de demora nas decisões que podem estar desvinculadas da realidade.

6) Descentralização: rapidez na tomada de decisão, pessoa com mais informação sobre a realidade.

7) Organograma: representação gráfica da estrutura, de órgãos e relações de autoridade existentes entre eles. Indicação por retângulos (órgãos) e linhas (relação autoridade).

 

Sistema de informações de Saúde

Dentro deste contexto, destaca-se ainda a importância do uso de instrumentos e dos sistemas de informação na prática gerencial, onde os mesmos devem ser elaborados de modo a corresponderem às reais necessidades da organização, dos profissionais e dos pacientes, para atuar como potencializadores no desenvolvimento do trabalho da Enfermagem.

Os sistemas de informação devem ser utilizados no processo de planejamento, aperfeiçoamento e tomada de decisão nas diversas instâncias da organização e gerência. Assim, esta informatização na saúde, assim como em qualquer outra área, vem com o intuito de otimizar rotinas, que pelos métodos tradicionais requerem mais tempo, trabalho e profissionais para executar uma operação, tornando a rotina mais ágil e dinâmica.

Referências:

BENETTI, E.R.; et al. Percepções acerca do planejamento em enfermagem como ferramenta de gestão. Revista Contexto e Saúde.

CHIAVENATO, I. Administração nos novos tempos.

KURCGANT, P. et al. Administração em enfermagem.

MATSUDA, L.M, et al. Instrumentos administrativos: percepção enfermeiros de um hospital universitário. Revista Cogitare Enfermagem

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