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Conceitos da Diabetes mellitus

Classificação e tratamento da diabetes

Conceito e classificação do Diabetes

Diabetes é uma doença com prevalência alta na população, caracterizada por um transtorno metabólico provocando elevação de glicose no sangue (hiperglicemia) e distúrbios no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras, por meio de defeitos da secreção e/ou da ação da insulina (produzido no pâncreas). A função da insulina é permitir a entrada da glicose nas células, fundamental para seu funcionamento energético. Em relação à sua classificação, abordaremos apenas a diabetes do tipo 1 e 2.

Diferença diabetes 1 e 2

  • DM 1: mediante um processo imunológico (autoimune), ocorre a destruição das células pancreáticas, ocasionando deficiência de insulina. Esta condição se manifesta principalmente em crianças e adolescentes (pico de incidência entre 10 e 14 anos), mas pode ocorrer também em adultos. Nos sinais clínicos destaque para a hiperglicemia acentuada, evoluindo para cetoacidose, especialmente na presença de infecção.
  • DM 2: a instalação da doença é lenta e manifesta-se normalmente em adultos com excesso de peso e histórico familiar positivo para diabetes. Neste caso há uma resistência à ação da insulina, com secreção prejudicada. A cetoacidose neste tipo é rara e, quando apresenta-se, em geral é ocasionada por infecção ou estresse grave.

 

Rastreamento do Diabetes

Segundo o Ministério da Saúde, no caderno de atenção básica – Estratégia para o cuidado da pessoa com doença crônica – diabetes, a consulta de rastreamento para a população-alvo definida pelo serviço de saúde deve ser realizada pelo enfermeiro da unidade de saúde, encaminhando para o médico em um segundo momento, a fim de confirmar o diagnóstico dos casos suspeitos. O público-alvo para o rastreamento do DM inclui:

  • Excesso de Peso e um dos fatores de risco: histórico de pai ou mãe com DM ou doença cardiovascular, hipertensão arterial, diabetes gestacional, dislipidemia, inatividade física,síndrome do ovário policístico, exame de glicemia em jejum alterada ou tolerância diminuida à glicose;

          OU

  • Idade igual ou superior à 45 anos;

         OU

  • Risco cardiovascular moderado

 

Sinais, sintomas e diagnóstico do Diabetes

Os sinais e sintomas característicos que levantam a suspeita são os “quatro P’s”: poliúria, polidipsia, polifagia e perda inexplicada de peso. Outras manifestações incluem: fadiga, fraqueza, visão turva, prurido cutâneo, neuropatia periférica, infecções recorrentes, retinopatia diabética, proteinúria.

Em relação ao diagnósitico, existem 4 tipos de exames que podem ser utilizados: glicemia casual, glicemia de jejum, teste de tolerância à glicose com sobrecarga de 75g em duas horas (TTG) e, em alguns casos, hemoglobina glicada (HbA1c). Segundo o caderno de atenção básica citado anteriormente, a glicemia em jejum é considerada alterada quando encontra-se entre 110 e 126 mg/dl e diabetes mellitus igual ou maior que 126 mg/dl.

 

Tratamento do Diabetes

As condutas não medicamentosas incluem a adoção de medidas saudáveis de vida, como alimentação balanceada e a prática de atividades físicas. Em relação ao tratamento medicamento, temos os antidiabéticos orais (metformina, glibenclamida, entre outros) e a insulinoterapia (exemplo da insulina regular de ação rápida e NPH de ação intermediária).

A via de administração usual da insulina é a via subcutânea, pode ser realizada nos braços, abdômen, coxas e nádegas, realizando rodízio nas aplicações para evitar a lipodistrofia. Os cuidados com a insulina inclui mantê-la sob refrigeração, evitar exposição a luz solar e calor excessivo.

 

Referências:

Ministério da Saúde: Caderno de Atenção Básica nº 36 – Estratégia para o cuidado da pessoa com doença crônica – diabetes.

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