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Hipertensão Arterial Sistêmica: rastreamento e classificações

Diretrizes Hipertensão

Conceitos da Hipertensão Arterial Sistêmica

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial – PA (PA ≥140 x 90mmHg).

Esta condição associa-se, frequentemente, às alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e às alterações metabólicas, com aumento do risco de eventos cardiovasculares, podendo ser agravada pela presença de outros fatores de risco.

Os fatores de risco incluem: idade, sexo e etnia, excesso de peso, obesidade, ingestão de sal, ingestão de álcool, sedentarismo e fatores socioeconômicos.

 

Rastreamento da Hipertensão Arterial Sistêmica

Segundo o Caderno de Atenção Básica nº37 – Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica – Hipertensão Arterial Sistêmica, o rastreamento deve ser feito em todo adulto com 18 anos ou mais de idade, quando vier à Unidade Básica de Saúde para consulta, procedimentos, entre outros, e não tiver registro no prontuário de ao menos uma verificação da PA nos últimos 2 anos, deverá tê-la verificada e registrada.

De acordo com a média dos dois valores pressóricos obtidos, a PA deverá ser novamente verificada:

  • a cada 2 anos, se PA menor que 120/80 mmHg
  • a cada ano, se PA entre 120 – 139/80 – 89 mmHg nas pessoas sem fatores de risco para doença cardiovascular
  • em mais 2 momentos em um intervalo de 1 – 2 semanas, se PA maior ou igual a 140/90 mmHg ou PA entre 120 – 139/80 – 89 mmHg na presença de outros fatores de risco para doença cardiovascular

 

Como aferir a pressão arterial técnica

Inicialmente, explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso de 3 a 5 minutos. Deve-se verificar se o paciente está com a bexiga cheia; se praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos, se ingeriu bebidas alcoólicas, consumiu café ou fumou nos 30 minutos anteriores. Em relação ao procedimento:

  1. O paciente deve estar sentado, pernas descruzadas, com o braço apoiado e à altura do coração;
  2. A câmara inflável deve cobrir pelo menos dois terços da circunferência do braço ( determinação da circunferência do braço no ponto médio entre acrômio e olécrano);
  3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital;
  4. Palpar o pulso braquial e inflar o manguito até 30mmHg acima do valor que o pulso deixar de ser sentido;
  5. Desinflar o manguito lentamente (2 a 4 mmHg/seg);
  6. A pressão sistólica corresponde ao valor em que começarem a ser ouvidos os ruídos de Korotkoff (fase I);
  7. A pressão diastólica corresponde ao desaparecimento dos batimentos (fase V);
  8. A média de 2 aferições deve ser considerada como a pressão arterial do dia; se os valores observados diferirem em mais de 5 mmHg, medir novamente.
  9. Na primeira vez, medir a pressão nos dois braços; se discrepantes, considerar o valor mais alto; nas vezes subsequentes, medir no mesmo braço (o direito de preferência).

 

Tamanho adequado do manguito para medição da pressão arterial

Em relação ao tamanho, a largura deve ser de pelo menos 40% do comprimento do braço (distância entre o olécrano e o acrômio) e o comprimento, de pelo menos 80% de sua circunferência. Recomendam-se 6 tamanhos de manguitos para as UBS que atendem crianças e adultos:

Tamanho do Manguito

Fonte: Caderno de Atenção Básica nº 37 – Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica – Hipertensão Arterial Sistêmica

Classificação da hipertensão arterial

De acordo com os Arquivos Brasileiros de Cardiologia, em sua publicação da 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, a classificação da pressão é definida:

Classificação dos valores da Pressão arterial

Fonte: Arquivos Brasileiros de Cardiologia -Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2016

Referências: Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica nº37 – Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica – Hipertensão Arterial Sistêmica e Arquivos Brasileiros de Cardiologia -Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2016

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