No processo de trabalho, o conceito de planejamento em saúde é essencial para que o profissional desempenhe suas atividades gerenciais de forma eficiente e eficaz, com reflexos positivos na qualidade da assistência prestada aos usuários. Assim, entende-se planejamento como a programação de estratégias e ações na ótica de alcançar e efetivar metas pré determinadas.
O planejamento pode ainda ser contextualizado de acordo com sua abrangência, sendo ele de:
É importante ressaltar que esta metodologia de planejamento em saúde oferece suporte para as tomadas de decisões ou implementação de quaisquer propostas que desejamos viabilizar. É através dele que se pode fazer a análise das cadeias de causa e efeito como um todo os quais se desenvolvem no processo de decisão. O processo de avaliação e controle do que foi planejado também se torna essencial, para a melhoria do desempenho.
Na área administrativa e gerencial, há alguns conceitos os quais o profissional de enfermagem deve se apropriar para uma melhor performance nesta área, a citar:
As principais operações envolvem: previsão, aquisição, transporte, recebimento, armazenamento, conservação, distribuição e controle. A Enfermagem é responsável pela previsão, provisão, organização e controle dos materiais no seu ambiente de trabalho, atentando quanto á qualidade e quantidade dos mesmos. É importante participar do processo de seleção e compra e classificar na sua unidade materiais quanto à finalidade, duração (permanentes, consumo), porte, matéria prima, entre outros.
Sendo assim, entende-se como:
1) Previsão de materiais: levantamento das necessidades da unidade, identificando quantidade e especificidade; é necessário fazer diagnóstico situacional prévio. Estima-se considerar em torno de 20% do total da cota para margem de segurança.
2) Provisão: consiste na reposição dos materiais necessários para realização das atividades cotidianas da unidade.
O enfermeiro com foco no gerenciamento dos serviços de saúde deve conhecer a estrutura organizacional de uma instituição, observando os seguintes pontos característicos:
1) Divisão do trabalho/especialização: pode ocorrer no sentido horizontal ou vertical. Horizontal: maior número de órgãos no mesmo nível hierárquico. Departamentalização: processo de reunir as atividades para fins administrativas; Vertical: necessidade de aumentar a qualidade da supervisão, crescimento da cadeia de comando. É representada pela hierarquia. Quanto maior a diferenciação, maior a departamentalização.
2) Hierarquia: relacionada com a especialização vertical que divide a organização em camadas ou níveis de autoridade.
3) Autoridade e responsabilidade: fluem verticalmente em linha reta. Pode ser representada por uma pirâmide.
4) Amplitude da supervisão: nº de subordinados que uma pessoa pode supervisionar com eficiência.
5) Centralização: uniformidade nas decisões. Desvantagem: sobrecarrega uma única pessoa/setor com possibilidade de demora nas decisões que podem estar desvinculadas da realidade.
6) Descentralização: rapidez na tomada de decisão, pessoa com mais informação sobre a realidade.
7) Organograma: representação gráfica da estrutura, de órgãos e relações de autoridade existentes entre eles. Indicação por retângulos (órgãos) e linhas (relação autoridade).
Dentro deste contexto, destaca-se ainda a importância do uso de instrumentos e dos sistemas de informação na prática gerencial, onde os mesmos devem ser elaborados de modo a corresponderem às reais necessidades da organização, dos profissionais e dos pacientes, para atuar como potencializadores no desenvolvimento do trabalho da Enfermagem.
Os sistemas de informação devem ser utilizados no processo de planejamento, aperfeiçoamento e tomada de decisão nas diversas instâncias da organização e gerência. Assim, esta informatização na saúde, assim como em qualquer outra área, vem com o intuito de otimizar rotinas, que pelos métodos tradicionais requerem mais tempo, trabalho e profissionais para executar uma operação, tornando a rotina mais ágil e dinâmica.
Referências:
BENETTI, E.R.; et al. Percepções acerca do planejamento em enfermagem como ferramenta de gestão. Revista Contexto e Saúde.
CHIAVENATO, I. Administração nos novos tempos.
KURCGANT, P. et al. Administração em enfermagem.
MATSUDA, L.M, et al. Instrumentos administrativos: percepção enfermeiros de um hospital universitário. Revista Cogitare Enfermagem
Enfermeira, Mestre em Educação e Docente de Enfermagem. Possui especialização em Gestão em Saúde e Controle de Infecção Hospitalar e experiência nos temas: CCIH, Gestão da Qualidade, Epidemiologia, Educação Permanente em Saúde e Segurança do Paciente.
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