Uso consciente de antibióticos e o papel do profissional de saúde
Na última semana, nos dias 12 a 18 de novembro, foi promovida pela Organização Mundial da Saúde a Semana Mundial de uso consciente de antibióticos, alertando sobre os problemas que enfrentamos hoje em decorrência do uso abusivo destes medicamentos.
A resistência aos antibióticos é um mecanismo desenvolvido pelas bactérias e desde a descoberta destes medicamentos seu uso inadequado tem ressaltado esta resistência, impactando na saúde dos humanos e dos animais. As infecções podem se tornar mais graves e a disponibilidade de antibióticos eficazes para este tratamento fica prejudicada. O tema da campanha desta ano do uso consciente de antibióticos é: “A mudança não pode esperar. Nosso tempo com antibióticos está se esgotando”.
Uso consciente de antibióticos e dados estatísticos
Segundo os dados da OMS, desde 2016, a Organização tem apoiado os países na implementação da vigilância do consumo de antimicrobianos e nos últimos dois anos, coletou dados sobre o tema em 65 países.
Estes dados foram descritos em relatórios publicados recentemente.
- estimativas indicam que em 2050 uma pessoa morrerá a cada 3 segundos em consequência de agravos causados por resistência aos antimicrobianos, o que representará 10 milhões de óbitos por ano.
- entre 2000 e 2010 foi registrado um aumento de 36% no consumo de antimicrobianos em 71 países, sendo que Brasil, Rússia, Índia, África do Sul e China responderam por três quartos (75%) desse crescimento.
No Brasil, a Anvisa possui uma série de publicações com orientações sobre a temática, com destaque para o Plano Nacional para a Prevenção e o Controle da Resistência Microbiana nos Serviços de Saúde. Vale destacar o papel essencial dos profissionais de saúde, do controle de infecção hospitalar e do núcleo de segurança do paciente neste processo.
Fonte: anvisa.gov.br/noticias
Enfermeira, Mestre em Educação e Docente de Enfermagem. Possui especialização em Gestão em Saúde e Controle de Infecção Hospitalar e experiência nos temas: CCIH, Gestão da Qualidade, Epidemiologia, Educação Permanente em Saúde e Segurança do Paciente.