Para a caracterização das ocorrências de doenças e agravos nas populações, é essencial a compreensão dos conceitos de epidemia, surto e endemia e dos fatores que se interligam neste âmbito na vigilância em saúde.
É caracterizado pela presença usual e típica de um agente/doença dentro de uma população definida, dentro dos limites esperados. A endemia mantém padrões regulares de variações num determinado período, ou seja, as oscilações estão relacionadas às flutuações cíclicas e sazonais.
É a elevação brusca e significantemente acima do esperado habitual para a incidência de uma determinada doença. É importante destacar que o número de casos de uma epidemia pode variar de
acordo como agente, o tipo e tamanho da população exposta, além do período e local de ocorrência. Sendo assim temos os casos:
É um tipo de epidemia no qual ocorrem casos relacionados entre si por tempo/espaço atingindo um grupo específico de pessoas. Os casos se restringem a uma área geográfica geralmente pequena e bem delimitada ou a uma população institucionalizada (creches, quartéis, escolas, entre outros).
É a ocorrência epidêmica com uma larga distribuição espacial, atingindo várias nações, com ilimitação de espaço.
A investigação de campo de casos, surtos, epidemias é uma atividade obrigatória de todo sistema local de vigilância em saúde. Algumas informações e estudos incluem a verificação de casos isolados ou agregado de casos de doença/agravo de notificação e descrição epidemiológica e identificação de fatores associados à ocorrência de possível mudança de padrão de doença ou agravo, para dado tempo, população e local como:
Durante a investigação epidemiológica de campo, é importante detectar e controlar, o mais rápido possível, as possíveis ameaças à saúde da população considerada sob risco para aquele evento específico, a fim de se impedir a ocorrência de novos casos.
Neste sentido, no Guia de Vigilância Epidemiológica (2017), há um quadro com questões norteadoras úteis nas investigações:
Segundo o Guia de Vigilância, a formação desta equipe é uma força-tarefa de caráter extraordinário e contingencial para determinada atuação, possibilitando um reforço técnico complementar adequado às necessidades do evento, com foco nas ações que objetivem detectar, investigar, responder e controlar o evento atual ou evitar novos casos.
Referências: Ministério da Saúde – Guia de Vigilância Epidemiológica 2017.
Enfermeira, Mestre em Educação e Docente de Enfermagem. Possui especialização em Gestão em Saúde e Controle de Infecção Hospitalar e experiência nos temas: CCIH, Gestão da Qualidade, Epidemiologia, Educação Permanente em Saúde e Segurança do Paciente.
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