Na última semana a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que estamos vivenciando uma pandemia do coronavírus. Anteriormente, no início de fevereiro, a Organização classificava a situação como um surto, alertando para uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, ou seja, o mais alto nível de alerta da Organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional.
Conceito de pandemia
A alteração do status para pandemia do coronavírus causa preocupações gerais. Para a caracterização das ocorrências de doenças e agravos nas populações, é essencial a compreensão de alguns conceitos epidemiológicos. No caso da pandemia, esta é definida como uma ocorrência epidêmica com uma larga distribuição espacial, atingindo várias nações, com ilimitação de espaço. A OMS espera que nos próximos dias e semanas, aumente o número de casos e o número de países afetados.
O que fazer diante da pandemia do coronavírus
Diante desta situação do coronavírus, todos os países necessitam adotar medidas de prevenção, controle e monitoramento. Para a população, as medidas de higiene como a lavagem das mãos e evitar aglomerações são fundamentais para a prevenção. A diretora da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS), pontua 3 medidas essenciais:
- conter o vírus após sua introdução, por meio da detecção e isolamento de casos e do rastreamento de contatos;
- trabalhar com o setor de saúde para salvar vidas através da proteção dos profissionais de saúde e da organização de serviços para responder a um possível maior influxo de pacientes em estado grave;
- desacelerar a transmissão, por meio de uma abordagem multissetorial, entre outros.
Situação do coronavírus no Brasil
No Brasil, o Ministério da Saúde lançou um aplicativo sobre o coronavírus, para auxiliar a população nas informações referentes ao COVID-19, evitando assim as fake news. Clique aqui para mais detalhes do aplicativo.
Quanto à transmissão, as capitais Rio de Janeiro e São Paulo já registram caso de transmissão comunitária e outras cidades ainda estão em processo de investigação. Para o Ministério da Saúde, o país entra em uma nova fase: a de criar condições para diminuir os danos que o vírus pode causar à população. Estima-se que, sem a adoção das medidas corretas para prevenção, o número de casos da doença dobre a cada três dias.
O Ministério da Saúde ressalta ainda o reforço da prevenção individual com a etiqueta respiratória (como cobrir a boca com o antebraço ou lenço descartável ao tossir e espirrar), o isolamento domiciliar ou hospitalar de pessoas com sintomas da doença por até 14 dias. Governos estaduais na última semana também lançaram decretos emergenciais para conter a disseminação do vírus.
Fonte: saude.gov.br e paho.org/bra/
Enfermeira, Mestre em Educação e Docente de Enfermagem. Possui especialização em Gestão em Saúde e Controle de Infecção Hospitalar e experiência nos temas: CCIH, Gestão da Qualidade, Epidemiologia, Educação Permanente em Saúde e Segurança do Paciente.