As teorias de enfermagem são essenciais para o cuidado à saúde e possuem diversas aplicações em vários aspectos do cuidado, desde a higiene até a comunicação efetiva entre enfermeiro e paciente. Neste artigo, apresentamos as principais teorias de enfermagem, incluindo a teoria do autocuidado, da adaptação, holística, ambiental, das necessidades humanas básicas e da relação interpessoal, explicando cada uma delas e suas aplicações na prática.
O que é uma Teoria?
Quando falamos em teorias muitas vezes nos vem na cabeça aquelas que nos remetem a determinados campos do conhecimento, como por exemplo na Física, Matemática, Biologia. Uma teoria expressa uma ideia, um conhecimento metódico, nos auxiliando a entender certo tipo de fenômeno. Na Enfermagem não é diferente: temos as teorias de Enfermagem que nos guia e possibilita o entendimento de vários aspectos do cuidado. Neste post, vamos relembrar as principais teorias de Enfermagem.
Principais teorias de Enfermagem
Elencamos as seguintes teorias de Enfermagem:
- Autocuidado
- Ambiental
- Adaptação
- Relação interpessoal
- Holística
- Necessidades humanas básicas
Teoria Ambiental
A teoria ambientalista de Florence Nightingale é baseada na seguinte tríade: o ambiente, o doente ou paciente e o profissional de Enfermagem. Ou seja, o cuidado e a recuperação da doença são influenciados por esta interação.
O ambiente possui elementos que podem atuar diretamente e indiretamente neste processo saúde doença, como por exemplo as condições de ventilação, limpeza, iluminação, condições acústicas, entre outros.
Florence Nightingale com sua teoria ambientalista foi precursora do que conhecemos hoje como boas práticas de prevenção de infecção. A instituição da higiene das mãos e de outras medidas relacionadas à limpeza dos ambientes conseguiu diminuir a mortalidade dos pacientes na época. Ela ressalta ainda a importância da enfermeira em manter o equilíbrio destes fatores, já trazendo aspectos preliminares da liderança na equipe.
Teoria do autocuidado
A teoria de enfermagem do autocuidado, de Dorothea Orem traz o profissional de Enfermagem como peça fundamental para viabilizar e auxiliar o autocuidado dos pacientes incapacitados para tal.
De fato, podemos relacionar esta teoria a essência do trabalho da Enfermagem, no ato do cuidar desde o auxílio na higiene, alimentação, reabilitação, orientação em geral. O autocuidado é essencial para a manutenção e desenvolvimento da vida de um ser humano. Portanto, quando há um déficit no autocuidado, entra em cena a Enfermagem.
Teoria da adaptação
A teoria da adaptação foi elaborada por Callista Roy e traz a enfermagem como base no auxílio nas adaptações do processo saúde doença enfrentados pelos pacientes e familiares. Em muitos casos os pacientes necessitam neste processo enfrentar novos desafios e adaptações seja no âmbito corporal ou espiritual.
Teoria holística
A teoria holística de Myra Levine considera o paciente como um todo, onde todos os sistemas devem estar em equilíbrio, uma estreita relação entre corpo-mente, sensível ao mundo ao seu redor e todos os componentes que o permeiam. Esta teoria tem um destaque na área da saúde, onde vemos cada vez mais atendimentos mecanizados, focados no paciente fragmentado.
Teoria das necessidades humanas básicas
A teoria das necessidades humanas básicas de Wanda Horta, muito citada e uma das mais conhecidas teorias de enfermagem que existem, inspirada na teoria e pirâmide de Maslow.
A teoria traz estaa necessidades citadas como fisiológicas, segurança, afeto, estima, entre outtos, contemplado numa visão biopsicossocial.
Os exemplos da teoria das necessidades humanas básicas no campo das necessidades fisiológicas podemos citar: sono, repouso, hidratação, eliminação, alimentação.
No campo das necessidades psicológicas podemos citar o amor e afeto, segurança, lazer, etc. Vale citar a esfera espiritual e de autorrealização também contemplados.
Teoria da relação interpessoal
A teoria da relação interpessoal de Joyce Travelbee de 1966 conclui que a enfermagem está no apoio ao paciente no processo saúde doença por meio de uma comunicação efetiva pessoa a pessoa. Ou seja , temos também um relacionamento e comunicação terapêutica.
Enfermeira, Mestre em Educação e Docente de Enfermagem. Possui especialização em Gestão em Saúde e Controle de Infecção Hospitalar e experiência nos temas: CCIH, Gestão da Qualidade, Epidemiologia, Educação Permanente em Saúde e Segurança do Paciente.
Essa prof é maravilhosa, explica muito bem é muito querida.??
Muito bom, obrigada !!!
Muito obrigado pessoal a matéria foi de muita utilidade para mim.