A dengue é uma doença febril aguda, presente na lista nacional de notificação, que pode apresentar um amplo espectro clínico: a maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada e uma pequena parte progride para doença grave.
A doença é causada por um vírus RNA, arbovírus do gênero Flavivirus, da família Flaviviridae. Até o ano de 2016, são conhecidos 4 sorotipos: DENV 1, DENV 2, DENV 3 e DENV 4.
A principal forma de transmissão se dá pela picada de fêmeas infectadas do mosquito Aedes. No país, o A. aegypti encontra-se disseminado em todos os estados, e o A. albopictus também foi identificado em um grande número de municípios.
O período de incubação intrínseco da dengue ocorre, em média, de 5 a 6 dias, e varia de 4 a 10 dias. Após esse período, inicia-se o período de viremia (geralmente, de 1 dia antes do aparecimento da febre até o 6º dia da doença).
O vetor pode se infectar ao picar uma pessoa virêmica. A suscetibilidade ao vírus da dengue é universal. A imunidade é permanente para um mesmo sorotipo (homóloga).
A infecção pode ser sintomática ou assintomática. Três fases clínicas podem ocorrer: febril, crítica e de recuperação. Destaque para:
Há febre com duração de 2 a 7 dias, geralmente alta (39 a 40ºC), de início abrupto, associada à cefaleia, astenia, mialgia, artralgia e dor retrorbitária. O exantema, presente em 50% dos casos, é do tipo máculo-papular, atingindo face, tronco e membros de forma aditiva, podendo se apresentar sob outras formas, com ou sem prurido. Pode ocorrer anorexia, náuseas e vômitos, e diarreia.
Esta fase pode se apresentar em alguns pacientes, podendo evoluir para as formas graves, defervescência da febre, entre o 3º e o 7ºdia do início da doença, acompanhada do surgimento dos sinais de alarme e/ou gravidade:
Os casos graves são caracterizados por sangramento grave, disfunção grave de órgãos ou extravasamento grave de plasma. São sinais de choque: pulso rápido e fraco; diminuição da pressão arterial; extremidades frias; demora no enchimento capilar; pele úmida e pegajosa; e agitação.
Nesta fase haverá reabsorção gradual do conteúdo extravasado com progressiva melhora clínica. É importante estar atento às possíveis complicações relacionadas à hiper-hidratação.
Grupo A
Pacientes com as seguintes características:
Grupo B
Pacientes com as seguintes características:
Grupo C
Pacientes com as seguintes características:
Grupo D
Pacientes com as seguintes características:
A prova do laço deve ser realizada na triagem, obrigatoriamente, em todo paciente com suspeita de dengue e que não apresente sangramento espontâneo.
Orientações na realização:
Referências:
Ministério da Saúde – Dengue: diagnóstico e manejo clínico (adulto e criança) – 5ª edição (2016) e Guia de Vigilância Epidemiológica (2017).
Enfermeira, Mestre em Educação e Docente de Enfermagem. Possui especialização em Gestão em Saúde e Controle de Infecção Hospitalar e experiência nos temas: CCIH, Gestão da Qualidade, Epidemiologia, Educação Permanente em Saúde e Segurança do Paciente.
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