Dengue no Brasil
Segundo o guia de vigilância em saúde, a dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, que pode apresentar um amplo espectro clínico, variando de casos assintomáticos a graves. No curso da doença – em geral debilitante e autolimitada –, a maioria dos pacientes apresenta evolução clínica benigna e se recupera. No entanto, uma parte pode evoluir para formas graves, inclusive óbitos.
No Brasil, temos uma alta incidência da doença, sendo o período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos de cada região. Para a Organização Mundial da Saúde, de janeiro a junho de 2023, os casos já superam o total de casos do ano passado; Brasil lidera o ranking com 2,3 milhões de ocorrências da doença e 769 mortes; dengue se expande no mundo e já é endêmica em mais de 100 países.
Vacina da dengue
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma vacina de vírus vivo atenuado, de formulação tetravalente contra a dengue, produzida pelo laboratório japonês Takeda, QDENGA® para a prevenção da
dengue causada por qualquer um dos quatro sorotipos do vírus, recomendada para indivíduos de 4 a 60 anos de idade. A administração é por via subcutânea na dosagem de 0,5 ml em regime de duas doses (0 e 3 meses), podendo ser feita em indivíduos independentemente da exposição anterior à dengue. O imunizante Qdenga está em avaliação pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).
Há ainda a vacina Dengvaxia© (Sanofi) – Recomendada no esquema de três doses (0, 6 e 12 meses) para crianças, adolescentes e adultos – de 6 anos até no máximo 45 anos de idade – que já tiveram infecção prévia confirmada pelo vírus da dengue (soropositivos).
É importante ressaltar que ambas as vacinas são contraindicadas para gestantes, mulheres que amamentam e imunocomprometidos. A vacina da dengue deve chegar ao Sistema Único de Saúde no próximo ano.
Fonte: ANVISA e Sociedade Brasileira de Pediatria
Enfermeira, Mestre em Educação e Docente de Enfermagem. Possui especialização em Gestão em Saúde e Controle de Infecção Hospitalar e experiência nos temas: CCIH, Gestão da Qualidade, Epidemiologia, Educação Permanente em Saúde e Segurança do Paciente.